sábado, 8 de agosto de 2009


Sensação é viver. Respiração que me faz sentir mais leve que o próprio ar que respiro, respira, respiram. E o olhar não foge de sentir aquilo que realmente não posso ver, é a essência, a conseqüência de tudo aquilo que foi dádiva da vida, movida, minha. Amo cada pedaço do que foi dado, a cada sorriso que foi oferecido, sensação é viver, ver, respirar, sonhar, nascer, morrer e ter uma boa lembrança a deixar. E ir, sorrir de tudo aquilo que fui, serei, serão. Cada passo dado eu arranco de mim em pedaços que se reconstituem, e como a vida, vivida, sofrida, grata, agradecida, dou chorando risadas. E o dedilhar das mãos sobre o ar, sobre a simplicidade de estar no chão e voar, não muda, insiste e quero que fique, ficara, ficarão. A folha que lentamente, a desfilar sobre o vento, cai e fica, é assim: como as palavras ditas, digo, direi. Os olhos reparam, a verdade pronunciada, o notar do vento soprar sobre nossa face deprimida no espelho, e como todo o momento notar, notara, notarão a sensação de viver, te dizendo: viva!



"O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela."

Fernando Pessoa

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