quinta-feira, 18 de junho de 2009




Hei, menina, essa nuvem é tua. Sim ela é tua! Olhe ela esta cabisbaixa como o teu jeito, esta encharcada como as lagrimas dos teus olhos e esta pesada como teu cansaço. Tu deverias se preocupar com a tua nuvem. Não se preocupas que ela suma, deixe de existir? É teu clima, é a tua vida, tuas lagrimas. Tu deves subir com ela alto e fazer chover sobre as relvas secas, que morrem por sede, implorando uma gota de amor. Tu não podes esquecer é a tua nuvem. Procuras em qualquer lugar, em outra nuvem, qualquer que seja. Tu deves apenas observar como elas fazem, é lá que existe o carinho para carência, o abraço para solidão, o beijo que não cria contrato e o sorriso que faz tempestades. Essas sim são as outras nuvens, mas olhe a tua menina, tu não vê como cabisbaixa ela esta? A tua se mantém pressa e se nega chover, é como teu coração, nega a se abrir e amar. Elas estão lá, as outras nuvens no alto, secas e vibrantes, causam loucuras aos olhos dos homens, enquanto a tua menina, a pobre da tua nuvem. Se tu não abrir teu coração, felicidade será luxo. Não há como não sentir-se pesada, se negas a abrir-te.




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