quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fiz uma visita intima só minha, em mim mesmo. E dentro da minha alma estava eu, parado sobre a relva ao lado de uma linda e encantadora menina a me dizer:
- Eu simplesmente tenho comigo todos que fariam falta e isso importa.
Me calei, mas deveria perguntar "Faço falta a ti?". Me contive, as palavras não deveriam ser pronunciadas pois a resposta talvez seria exatamente da forma ao contraria do que eu imaginava. Respirei fundo e levemente me deitei de costa a relva, o sol devagarzinho foi refletindo seus raios solares sobre as flores enquanto as nuvens desenhavam o céu no tom aquarela. Aos poucos pude notar que a linda e encantadora menina deitou-se ao meu lado e seus olhos brilhavam com tamanha admiração pela vida.
- Eu sou um tudo! - Sussurrou ela ao observar o céu.
E pensei comigo, "tu não sabes o tamanho da minha admiração por você". Eu estava paralisado pela paz que suavemente estava pelo ar e com o tom avermelhado da rosa que refletia sobre sua face delicada, pude observar que ela me olhava e sorria, meu coração queimava sem arder, sussurrei:
- Estou apaixonado por você.
Ela olhou para o céu, respirou e continuou a me olhar nos olhos. E sem saber explicar que não sentia vontade de beijá-la, simplesmente de tocar a sua mão, e sem saber explicar que não sentia vontade de possuí-la, mas de ouvir suas palavras e sem explicações, me calei. O mundo pararia naquele exato momento, não havia intenções a não ser a de amá-la eternamente como amiga. Eu amava sua filosofia, o seu sorriso e o seu olhar. E ao final da minha visita intima, notei que não era exatamente só minha e ficou vago, talvez era ela uma parte de mim mesmo que amaria loucamente.





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