quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Eu disse que amava não amando. Foi tudo na vontade de querer sentir, que não sentido, comecei a sentir. E me contra-dizendo pronunciei, me perguntando se as palavras não deviam ser pronunciadas. Dentro de mim alguém clama por querer escutar. É como aprender a ouvir e descobrir o tamanho da força que as palavras contém. E dentro da sua alma, as palavras bagunçam as prateleiras do seu coração, quebra os vasos porcelana da arte sentimentalista, abala o seu alicerce ou não. Eu deveria sentir por dizer, como sentia o poeta por fingir tão bem a dor que foi capaz de senti-la. Mas elas se perdem, não ganham valores ou ate mesmo uma oportunidade. E como dizia Clarice Lispector "Eu não; quero mesmo é uma realidade inventada" e se eu me negar a não ver, e omitir o que começa a nascer? De certa forma estaria me matando por dentro. Eu quero um amor, que me de vontade de acordar e nunca mais dormir. Um amor que me leve pra ver a simplicidade do sol e a maravilha do brilhar das estrelas. Quero dizer sentido. Quero chorar sorrindo. Quero estar mais perto de mim mesmo. E que uma simples palavra se torne a mais verdadeira de todas, e quando pronunciada que me treme de pés a cabeça e me faça desabar em lagrimas como um menino que sonhava amar.




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