quinta-feira, 23 de julho de 2009




Solitariamente na solidão eu sinto-me. Eu já consigo sentir o vento direto sobre a minha face, antes eu lhe presenciava em miados sobre as multidões. Não existiu o medo, mas optei por ser solidão. E dentro de mim eu mesmo grito, grito sufocado pela ânsia de continuar vivo, e minha alma ousa deixar escorregar lagrimas pelos caminhos que levam a mim, só a mim. Não queria me acostumar com o vazio, a silenciosa sensação de estar sendo esquecido. A solidão veio vestida com manto em brilho, mas não era pedra rara ou preciosa, era a simplicidade do monologo. Me roubaram e me deram a oportunidade de conhecer eu mesmo, perguntar-me meus desejos e questionar meus pensamentos. Eu virei meu filosofo, meu melhor amigo, meu carinho, meu psicólogo e grato a dádiva da solidão; o silencio se tornou meu professor. É difícil suportar as lagrimas que insistem em molhar a minha face e tocar lentamente meus lábios, mas as palavras alheias só me trariam a vontade de me importar menos com o menos que tinha em mim. Mas sou forte/fraco, rico/pobre, alegre/triste, homem/menino, sensível/insensível e ser solidão é simplesmente aceitar a evolução do raciocínio individual, pois que, por mais que necessitamos de companhia, nascemos e morremos individualmente, apenas só...... zinho.









"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite"

Clarisse Lispector

2 comentários:

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  2. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
    Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
    Clarice Lispector

    Um Beijo

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